quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Desde muito cedo tive contato com diversas fontes de leitura. Assim que ingressei na escola, meu pai, um imigrante simples, tratou logo de comprar várias coleções de enciclopédias. Aos poucos foi preenchendo as lacunas da estante com as mais variadas delas. Colecionando fascículos semanais, meu pai despertou em mim a vontade de ler.
Ao ser alfabetizada, escolhia um dos livros da enciclopédia Conhecer, minha preferida, e lia todos os títulos em alto e bom tom, para treinar a leitura e , para desespero de minha irmã caçula a fazia repetir tentando ensina-la.
Conservo essa coleção até hoje, uma relíquia de minha infância e de meu pai. Suas imagens me fascinavam e, foi explorando-as que aprendi a ler todas as legendas. Foi assim que aprendi sobre Nabucodonosor, que decidi que queria ser arqueóloga ou paleontóloga, que Zeus era o pai dos deuses, entre outras descobertas maravilhosas.
Não posso me esquecer também o momento que aprendi a amar os gibis. Uma caixa deles foi doada pelo vizinho, por conta  de uma mudança repentina de cidade. Sorte a minha! Quantos deles "devorava" antes de dormir....que sensação maravilhosa.
Porém, o tempo foi passando e, na escola tínhamos que ler os livros indicados pelos professores. Ler e elaborar sínteses. "Se meu fusca falasse", "Olhai os lírios do campo", "Vinte mil léguas submarinas", entre outros, me fizeram entrar e participar da estória. Mas nem tudo foi mar de rosas. Confesso, com certo constrangimento, que muitas obras me causaram sofrimento naquela época, talvez pela linguagem rebuscada recheada de tantas tristezas.
Na adolescência comecei a ampliar o leque de opções. Além dos livros indicados na escola, passei a comprar os livros indicados por amigos. De Marcelo Rubens Paiva a Erich von Däniken. Foram tantos livros maravilhosos e inesquecíveis.
Ainda hoje leio livros dos mais diferentes temas e estilos. Aprecio mais o contato com o papel do que a leitura virtual. Ter um livro por perto é ter companhia, é ter passagem para outra dimensão, é ter um santo remédio bem ao se alcance.

Nenhum comentário:

Postar um comentário